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Foto: /www.7segundos.com.br

 

MARLUCE MARIA DA COSTA

( Brasil – ALAGOAS )

Natural de Jacuípe – AL, se graduou em Licenciatura Plena em Letras pela UPE (Universidade de Pernambuco).
Atuou como Aluna Especial em teoria da Literatura pela Universidade Federal da Paraíba, inconcluso. Membra da Confraria dos intelectuais/PE e da UBE-AL, Arapiraca -AL. Portal CEM (Confraria da Biblioteca Estadual Graciliano Ramos – Maceió, AL.
Obras: Brincando de Sonhar (Contos Infantil Ed. Comunigraf) 2000. Vovó Lulu (Infantojuvenil Ed. Bagaços) 2001.  A Serpente Adormecida (Infantojuvenil ). 2007. Nas Dobras do Tempo, em 2011 (Juvenil -Ficção/Lenda e História). Do Outro Lado do Meu Coração (Romance / Autobiográfico) em 2019. O Silêncio dos Ventos, Editora Travassos (1º Prêmio Travassos, Ficção.)  Participante de várias antologias poéticas, com destaque para Especial em Prosas e Versos.

 

NÓS DA POESIA. – volume 8 – Brenda Marques Pena, org.  São Paulo, SP: All Print          Editora, 2022.  119 p.  ISBN  978-65-5822-152-4                          Ex. doação do amigo livreiro BRITO – Brasília          
            

 Lágrimas Negras

Ao passar pelas ruas molhadas e desertas,
Senti medo daquele silêncio.
Portas e Janelas fechadas, me vesti das lágrima do tempo
Das quais me chicoteavam.
Tremia e alargava as passadas.
Meus pés descalços se machucando nas pedras
desalinhadas.
Olhando em várias direções, seguia ouvindo
apenas as batidas do meu coração.
Respiração ofegante, lembranças divagando escorriam
entrelaçadas
Entre curvas das linhas de sonhos e desilusões.
Seguia as ruas em declives,
Acelerava os passos, cambaleando por vezes pelo cansaço.
Arrastando sacos pesados, amarrados aos meus
tornozelos
Já dilacerados das cordas de sisal.
Minha alma emudecida, dentes cerrados e eu seguia...
A noite se perdeu tornando-se atemporal para meu eu.
Não muito distante, avistei um cruzamento. Para no ponto
zero.
Um trem se aproximava com seu apito estridente rasgando
Aquele silêncio que de despedaçava à minha frente.
A luz vermelha circulando, embaçou minhas retinas
Já cobertas de véu negro.
Atravessei as linhas férreas, e não tão distante,
A lua surgiu por entre coqueirais
Bailando com a musicalidade das ondas.
Me aproximei e molhei meus pés sangrados,
As chagas ardiam, porém, senti a suavidade da água fria,
Que lambiam minha dor.
Eu estava desnuda, alma já se esvaindo escorrendo as
últimas lágrimas.
Olhei meus pés ainda presos pele sacos pesados que os
arrastei
Dessa longa caminhada.
Senti-me mais leve e abri os braços.
Contemplei a linha do horizonte.
O sol se erguia de mansinho ainda bocejante.
E eu nem olhei para trás.

 

*

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Página publicada em junho de 2023.


 

 

 
 
 
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